João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili,
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
Este poema foi publicado em 1930, na sua primeira obra Alguma Poesia. Tem uma única estrofe com sete versos (redondilha maior), sem rimas ou sílabas métricas. O poema fala sobre os descompassos do amor, sobre os desejos não realizados e sobre o destino frustrando as expectativas de João, Teresa, Raimundo, Maria, Joaquim e Lili.
O amor não era correspondido a nenhuma destas personagens e por isso vão vivendo a sua tragédia pessoal: o exílio de João nos Estados Unidos e o de Teresa no convento, o desastre que matou Raiumundo, o título de tia imposto a Maria, o suicídio de Joaquim e o casamento de Lili com J. Pinto Fernandes que até aí não tinha nada a ver com a história.
Isto dá a impressão que o autor do poema, Drummond, não acreditava na felicidade que poderia provir de um casamento e apenas o encara como uma mera convenção social. Tanto que Lili, quem não amava ninguém, foi a única que casou - uma mera instituição ligada ao status e aos interesses financeiros.
O amor não era correspondido a nenhuma destas personagens e por isso vão vivendo a sua tragédia pessoal: o exílio de João nos Estados Unidos e o de Teresa no convento, o desastre que matou Raiumundo, o título de tia imposto a Maria, o suicídio de Joaquim e o casamento de Lili com J. Pinto Fernandes que até aí não tinha nada a ver com a história.
Isto dá a impressão que o autor do poema, Drummond, não acreditava na felicidade que poderia provir de um casamento e apenas o encara como uma mera convenção social. Tanto que Lili, quem não amava ninguém, foi a única que casou - uma mera instituição ligada ao status e aos interesses financeiros.